quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Três dias, apenas três dias para a tão difícil celebração.


Sei que é um sofrimento desnecessário, porque o passado só existe porque existe memória.
O passado nada é senão a nossa memória activa.
Tentarei usar essas memórias a meu benefício.
Irei fazer da dor uma celebração, um (des)apego intemporal, libertar-me do Ego e do tão natural egoísmo humano.


Sinto-me demasiado egoísta. Sofro mais por ser egoísta do que pela transformação em si.
Sofro por não te ver, sofro porque não te posso abraçar.
Não sofro porque te foste.


Sofro também porque teimo em acreditar que tudo é permanente, quando isso é uma grande mentira.
Tudo se transforma.


É tudo uma questão de perspectiva.
Poderemos acreditar que mesmo que uma coisa se modifique, continua com a sua essência, a sua raíz, a sua origem.
Ou então desapeguemo-nos por completo... mas eu opto pela primeira.


Irei encher-te de mimos e de sorrisos, estejas onde estiveres, como estiveres ou o que sejas...


Ah sim... encontrei algo permanente! O Amor.
O Amor é permanente, mesmo com tantas formas de existência.
Portanto é muito provável que a tua essência, alma, espírito, energia se mantenha também permanente se o Amor é permanente!


E sim, continuo a amar-te.
É por essa razão que quero expandir-me e libertar-me da dor, para poder celebrar essa data tão importante, com a mesma alegria de quando te via com os olhos.


Acordei cedo.
Vi uma madrugada nublada e um nascer do Sol lindíssimo, a olhar para o horizonte no meio do Rio...

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