sexta-feira, 19 de junho de 2015

No recanto das pedras junto à Lua, frases aconchegantes vinham com a brisa, quase como um silêncio que tranquiliza a mente.
Brotavam em mim as estrelas do céu e os sons longíquos da noite numa estranha dança repentina.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Fechei as portas.
Entrei no corredor.
Depois de visitar o inferno quero instalar-me no caminho que não tem fim.
Quero ir de encontro ao infinito, ao que não estagna.
Deixei para trás apegos agora sem sentido.
Gotas de sangue que caíram à escassez de água.
Vou correr porque as pernas me pedem.
Vou gritar porque o silêncio fugiu.
Vou agora visitar o que há lá fora.
O que ainda não vi.
Vou deixar esta casa de portas fechadas.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

O silêncio, toca mais vezes no papel que no coração.
Esqueço-me de traduzir em palavras os códigos que habitam cá dentro.
É um não querer entender, é um não querer espantar a ilusão.
Prefiro conviver com ela, um sonho lusco-fusco, ao invés de fechar a porta, definitivamente.
Prefiro esgotar-me a ter de enfrentar a dúvida e a possibilidade do arrependimento.
Por tudo isso, espero encontrar saída, uma realidade mais real, uma esperança.

terça-feira, 18 de março de 2014

Secalhar já "ela" dizia e tinha razão. Tudo isto definha como peixes que morrem fora de água...
Secalhar não faz mesmo sentido continuarmos isto desta forma... mas falta-me a coragem de deixar partir, falta-me aquela força que vem de dentro, transcendente à dor.
Amor. Perdi toda a crença que tinha no amor. Aquele amor eterno e platónico que reina apenas em filmes e histórias de encantar, aprendi agora - demasiado tarde.
Falta aqui dentro a magia, a paixão que cora e arde.

Mais uma noite escura passa. E ainda assim consigo ver aquela estrela lá ao longe...
Esperando e esperando por ela aqui na terra, eternamente.


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Não me seduzem palavras entusiastas cheias de sacrifício.
A Felicidade além de interna deve ser simples, desprovida de dor sofrida, horas perdidas, relações desperdiçadas pela cor do dinheiro.
Nada será de livre escolha se tivermos de nos sacrificar pela paz que 'um dia virá'.
Pergunto-me como podemos ter tanta certeza de tanta coisa? Como será o dia de amanhã?
Não sei.
A mim só me assaltam incertezas, mas sou feliz na simplicidade das coisas. Para quê maximizá-las ao ponto de as termos como certas?
Nada é certo.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Chá de hortelã, o presente da noite.
Enquanto o quente da sensação desperta,
Estás tu aqui, no meu pensamento.
Por quanto mais este aperto?
Por entre a paz do dia-a-dia, existem momentos de tormento.
Tenho saudades de ti.