segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Por vezes os pensamentos brotam na minha consciência como pura magia.

As ideias surgem-me como ondas, e o que as ondas trazem deixam na praia, de modo a que eu possa apanhar tudo isso e usar da melhor forma.

Sinto-me com esperança.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Roda, melodia sem fim.
Sonho de paz.

Vagueio pela floresta, encontro ao fundo um encosto perfumado.
Olhos profundos, sofredores, fortes e puros.
O Vento acaricia nas folhas o seu véu,
Dançando com o Tempo,
Ele olha fugaz para a minha saia esvoaçante,
Deseja-me.
E eu nada mais quero senão a sua invisibilidade.
Troco-me pela sua transparência.
Ele pode ser todas as coisas,
Porque possui todas as coisas e não existe.
Só o seu esplendor é visível,
Quando toca no materializável.
É beleza nunca antes vista,
Desprovido de Ego.
E deseja-me.
Deseja-me profundamente,
Quando a saia está no meu corpo.


Spin, endless melody.
Dream of peace.

I walk through the forest, I find at the end a fragrant rest.
Deep eyes, suffering, strong and pure.
The Wind caresses his own veil through the leaves,
Dancing with Time,
He looks with a glance to my fluttering skirt,
Wishes me.
And I want nothing more than his invisibility.
I give myself to his transparency.
He can be all things
Because he possesses everything, and he doesn't exist.
Only his splendor is visible,
When he touches the physical forms.
He is Beauty never seen before,
Devoid of Ego.
And he wants me.
Wishes me deeply,
When the skirt lies on my body.


domingo, 23 de janeiro de 2011

Sinto o meu coração acolhido em mim mesma.
Na dor ou em sorrisos, ele acompanha-me, sempre amigo.
Por vezes sou demasiado dura comigo mesma,
Demasiado ríspida.
Preciso de desenvolver mais o meu lado gentil, receptivo.
Sofro porque me permito sofrer.
Sofro porque me critico severamente.

Há que sentar e meditar.
Há que permitir que a dor flua como água do rio.
Há que acarinhar o Amor, tanto o Amor que sentimos pelos outros, mas principalmente aquele que sentimos por nós.

O Divino e o Amor (no fundo, não há diferença entre o Divino e o Amor, ambos são o mesmo, Uno)habitam em todos nós e em todas as coisas.

O sofrimento surge por interpretação própria, faz parte da consciência de cada um. Há que aprender a deixar fluir o nosso sofrimento e transformá-lo numa outra visão, numa outra sensação e forma de pensar.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Sedas, frescura, beleza e sorrisos.
Foi o que senti no sonho da noite anterior.

Com as mangas compridas, na noite estrelada, respondi: "Sou eu..."
Levaste-me até ao outro lado da estrada de mão dada.
Quantas luzes eu vi, a lua estava cheia...

Cheiro eterno na minha memória de um sonho.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Ora, cá estamos em 2011.
É quase inacreditável.

Quando procuro no meu interior todas as sensações que tive em criança ao pensar no quanto demoraria até conhecer o novo milénio, até completar os 18 anos de idade, oh... que nostalgia! Parecia-me tão distante... Era quase uma sensação de inatingibilidade, de impossibilidade. Era quase uma sensação etéria só possível em sonhos.
A verdade, é que a espera foi escassa. Apesar de certos momentos me tivessem parecido eternamente longos.

É engraçado como passamos a vida inteira à espera do Futuro e a pensar no Passado.
Pergunto-me onde reside o Presente.

O Presente reside em todos os momentos do Agora que desperdiçamos a olhar para o que não existe.
Sim... porque o Passado só existe porque possuimos memória e o Futuro existe porque fazemos planos, projecções, sonhamos...

Que o exercício de habitar no presente seja uma constante.
Que estejamos plenos no Presente, apenas e só.
Só assim cada momento é vivido na sua plenitude, só assim sentimos a essência única de cada momento.

Existamos Agora.