domingo, 10 de outubro de 2010

Nostalgia.

Mais uma vez, constatei que és rara e preciosa.
De tanto sofrimento e dor, tu brotavas radiosa e sorridente.
Nem todos conseguem ter essa tua riqueza interior.
Eu confesso.
Habituei-me a ter essa riqueza perto de mim, habituei-me ao teu jeito humilde, verdadeiro e realmente amigo.
Habituei-me tanto, que quase rejeito tudo que não tenha esse tipo de riqueza.

Não sinto compaixão activa por quem não tem vontade, por quem utiliza a sua força em seu deterioramento, por quem mente à alma que lhe pertence e a almas alheias.
Não consigo ter uma acção real de compaixão por quem está inactivo no seu caos inteiror e espera de fora o amor e atenção que lhe é saudável ter por si mesmo.
E não, não sinto a mente pesada por não agir.
Sinto pena.

Parte de nós descobrirmos (e além de descobrir, aceitar), que o vazio pode ser uma grande riqueza, porque do vazio podem brotar todas as coisas.
Mas todos esses processos de descoberta partem de dentro e só depois exteriorizam.
Pena é que, muito boas almas procuram fora o que desejam que nasça no seu interior.

Enfim, em suma, gostei do sabor do chocolate quente.

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