domingo, 14 de novembro de 2010

Há dias em que me sinto particularmente desmotivada.
Penso que será apenas o cansaço de dias cheios demais.
Ou então, o cansaço de procurar a liberdade contida...

Procuro nas minhas entranhas uma dança sem imagem, sem apego, com liberdade e visão além do olhar, para que a minha dor se dissolva e se torne Dança.
Quero ter a percepção de que o meu corpo passou de ferramenta para dançar a Dança em si, ou parte da Dança em si.
Quero inspirar-me no que nao se vê, nos espaços vazios em redor de um corpo bailarino, desaparecer até na minha noção de corpo. Esquecer os limites entre o corpo e o ar. Um fundir continuo entre o espaço e a matéria que considero minha.
Ser Um com o Todo, ser uma infinitésima parte do Todo e ser o Todo. Ser o Nada. Ser a Liberdade absoluta de expressão codificada na Alma e nas células, no que for.
Nada afectará a Dança porque tudo afecta a Dança.
O meu cansaço, o meu Ego, a minha dor (será minha?), são uma dança que irá (re)nascer.

Criatividade?
Não sei.
Antes, Viver.

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