Eu permito-me esperar.
Permito ser escrava do tempo dos outros e irrito-me.
A Espera fervilha dentro de mim, pula como um aglumerado de átomos excitados num espaço apertado.
É como uma bomba em contagem decrescente, prestes a explodir.
Não quero esperar mais, estou farta de ter donos.
Nem quero eu ser dona de mim mesma.
Nem quero que o Tempo seja meu dono.
Estou afónica e detesto esperar o regresso da minha voz.
Detesto esperar-te a ti.
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