segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Foi um dia extremamente produtivo.
Com um frio de congelar lá fora e eu lá dentro, a dançar envolta de corpos lindos e quentes, vivos.

Para mim, foi uma experiência única.
Senti mesmo o despir de cada véu e de cada repressão que sentia.
Aceitei-me.
Libertei-me.
Entreguei-me.
Esqueci-me de uma linguagem corporal que aprendi ao longo destes anos, e aprendi a Ser-me, a Dançar-me.
Abracei a Grande Mãe e Bailarina.

Divino.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Há dias que não venho actualizar isto.
Não me tem apetecido, não tenho tido tempo.
Enfim, desleixo.

O Natal aproxima-se e eu já consigo sentir-lhe o cheirinho.
Troca de prendas com amigos, os famosos bolos da avó e o calor da lareira acesa.
Não consigo sentir-me assim em nenhuma outra altura do ano. Nem consigo arranjar adjectivos para descrever a sensação.
Talvez o mais parecido, seja quando pego num cone de jornal com castanhas quentinhas lá dentro.

:)

domingo, 14 de novembro de 2010

Há dias em que me sinto particularmente desmotivada.
Penso que será apenas o cansaço de dias cheios demais.
Ou então, o cansaço de procurar a liberdade contida...

Procuro nas minhas entranhas uma dança sem imagem, sem apego, com liberdade e visão além do olhar, para que a minha dor se dissolva e se torne Dança.
Quero ter a percepção de que o meu corpo passou de ferramenta para dançar a Dança em si, ou parte da Dança em si.
Quero inspirar-me no que nao se vê, nos espaços vazios em redor de um corpo bailarino, desaparecer até na minha noção de corpo. Esquecer os limites entre o corpo e o ar. Um fundir continuo entre o espaço e a matéria que considero minha.
Ser Um com o Todo, ser uma infinitésima parte do Todo e ser o Todo. Ser o Nada. Ser a Liberdade absoluta de expressão codificada na Alma e nas células, no que for.
Nada afectará a Dança porque tudo afecta a Dança.
O meu cansaço, o meu Ego, a minha dor (será minha?), são uma dança que irá (re)nascer.

Criatividade?
Não sei.
Antes, Viver.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

É um novo ano.

É tempo de cairem as velhas folhas, é tempo da nudez, da transparência, do vazio.
É tempo da metade negra e fria do ano, onde as noites são agora mais longas que os dias.

Aproveitarei este tempo para me reencontrar uma vez mais.
Porque cada encontro é único, mesmo que seja com o Eu.
É (re)descobrir e (re)criar a alma.
É pontencializar a intuição e o pensamento lógico.

Mais tarde, a Primavera virá.
Uma outra manifestação do Vazio e da Realidade.